Frustração e um pouco de esperteza

Durante o fim de semana, revirei a internet em busca de maiores informações sobre o tratamento do tal carcinoma papilífero. O que encontrei: muitos relatos de pessoas que só vieram a descobrir a malignidade do tumor após a cirurgia. Ou seja: detectaram o corpo estranho, marcaram a cirurgia e pronto. O problema maior só foi descoberto quando a pessoa já estava livre dele. Saber que meu caso era diferente e que eu ainda trazia o treco dentro de mim me deixou cheia de perguntas e com uma semi-raiva direcionada aos médicos que não me encaminharam logo para a cirurgia, assim como tinha acontecido com outras tantas.

Bom, passada esta etapa, começou a inquietação. Por mim, operaria na segunda-feira! E foi com este sentimento de “já pode ser na semana que vem?” que fui à consulta com um cirurgião de cabeça e pescoço, no Hospital São Rafael.

Pra encurtar o caminho: ele nos passou informações gerais acerca de duas cirurgias: a normal e a minimamente invasiva. Qualquer pessoa opta pela segunda opção, né? Mas essa só é feita de forma particular, a um custo de R$ 4.000. “Ok, ok… então vamos ficar com a primeira opção”, pensamos eu e minha mãe. O X da questão: ele não opera pelo procedimento dito “normal” em planos da categoria enfermaria. ¬¬”

Ou seja: mesmo sabendo que meu plano não dava cobertura ao procedimento naquele hospital, a consulta foi mantida (e paga pelo convênio!). Além disso, perdemos tempo e gasolina nos deslocando até o São Rafael. =(

Tô de olho!

Tô de olho!

O próximo passo: outra consulta, com outro cirurgião, agendada para o dia 25. Vamos ver no que vai dar…

Carcinoma Papilífero: silencioso e assintomático (ou não!)

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Os cientistas e pesquisadores ainda não encontraram muitos fatores que levam ao surgimento do câncer de tireóide. Normalmente, tem fundo genético ou dá o ar da graça em pessoas que foram expostas à radiação (e isso não inclui aquelas radiografias que vc tirou pro dentista, fique calma(o)!). Apesar de – até então – não estar ligado a maus hábitos, como excesso de bebidas alcóolicas, sedentarismo ou tabagismo, tem sido diagnosticado cada vez mais em mulheres entre os 30 e 60 anos.

Quando existem, os principais sintomas são:

  • Nódulo, caroço ou inchaço no pescoço, às vezes crescendo rapidamente.
  • Dor na parte anterior do pescoço, às vezes, subindo para a região dos ouvidos.
  • Rouquidão ou outras alterações na voz que não desaparecem.
  • Dificuldade para engolir.
  • Problemas respiratórios.
  • Tosse constante

Fonte: Oncoguia

Quais desses sintomas eu tive? Nenhum.

E se não fosse por uma visita de rotina à ginecologista, poderia passar uns cinco anos com a doença evoluindo dentro de mim. Tudo começou com um exame preventivo de rotina. Conversa vai, conversa vem e, por ser uma nova paciente, a Dra. Ana Maria Lago Bahiense resolveu aproveitar a deixa para perguntar há quanto tempo eu não fazia um check-up. “Muito tempo!”, respondi. Diante disso,  ela prescreveu um monte de exames que, aos olhos leigos, não têm nenhuma relação com a especialidade dela, como ultrassom de abdômen total, da bendita tireóide e diversos exames de laboratório (mais de 40, no meu caso). E foi assim, graças a uma ginecologista fora do comum, que descobri o problema. Lição do dia? Nunca pense que é exagero e faça todos os exames que seu médico pedir.

Recomendo:
Dra. Ana Maria Lago Bahiense – Ginecologista
Labchecap – Exames laboratoriais
CAM – Clínica de Atendimento à Mulher – Ultrassom